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Reflexões sobre transtornos alimentares na infância e adolescência

A discussão sobre o tema “transtornos da alimentação” ultrapassou o espaço dos profissionais da área da saúde e invadiu nosso cotidiano.

A obesidade ainda é o transtorno alimentar mais evidente, mas é importante ressaltar o avanço da bulimia e da anorexia na busca do “corpo perfeito” e não é exagero afirmar que a bulimia e a anorexia podem conduzir o paciente à morte.

Até bem pouco tempo, o foco dessa discussão estava voltado para os adultos, mas aos poucos essas preocupações estão se estendendo também para as crianças e os adolescentes.

Quem não se lembra do deslumbramento frente à beleza de um bebê “gordinho e fofinho”? Hoje essa não é mais a imagem perseguida por pediatras e pais.

Essa mudança de atitude tem fundamento em pesquisas recentes que identificam um expressivo aumento de crianças e adolescentes com problemas de excesso de peso, fato que poderá resultar em adultos com sérios problemas de saúde.

Na baixada santista, pesquisas recentes indicam que aproximadamente 60% das crianças e adolescentes da cidade de Santos apresentam um peso acima do limite considerado satisfatório para sua faixa etária.

A maioria das pessoas mostra-se sensível ao tema, mas acabam por se sentir inseguras, diante da exaustiva abordagem do assunto pelos meios de comunicação, que oferecem resultados imediatos através de dietas “milagrosas” - da lua, das frutas, da sopa, dos pontos, etc - e até cirurgias, sem mencionar os riscos e as conseqüências que podem trazer para a saúde.

Distúrbios alimentares são resultado de inúmeros fatores e, para além da falta de atividade física, ingestão inadequada de alimentos em qualidade e quantidade, tem uma origem psíquica. Por isso, não pode ser tratado de maneira padronizada.

O tratamento requer a participação de diversos profissionais da saúde, médico, nutricionista, educador físico e precisa necessariamente de um psicanalista/psicólogo que irá auxiliar na busca da origem do problema, que pode estar relacionado a conflitos inconscientes e na maneira como o sujeito se relaciona com seu corpo e o coloca no mundo.

Maria Cristina Dalia

Psicanalista/Psicóloga


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