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Sobreviva à decepção amorosa

Quem nunca teve o coração partido, não é mesmo? O que faz a diferença nessa hora é a forma como lidamos com isso. Veja algumas dicas a seguir:


Decepção e amor. Para muita gente, é quase impossível separar essas duas palavras. Quando estamos em um relacionamento, tendemos a criar planos, expectativas e sonhos a serem realizados ao lado da pessoa amada. Perder essa relação, portanto, é capaz de abalar o emocional de qualquer um.


Em primeiro lugar, para lidar com uma decepção amorosa, é importante entender que gostar de alguém faz parte da vida, assim como “quebrar a cara” em termos sentimentais.

“Se sofremos uma decepção é porque havia, primeiramente, um ideal perseguido, uma crença de que o outro iria responder à imagem que construímos dele”,

explica a psicanalista Sandra Steinberg.


Ela acrescenta que toda expectativa costuma ser uma decepção em potencial, salvo raras exceções.

Para não se dar mal nessa hora, é indispensável levar os desejos do parceiro (a) em consideração, já que pode ter objetivos completamente diferentes dos seus.


Por causa disso, antes de qualquer coisa, converse com o companheiro (a)!

Dialogue sobre as intenções de cada um. Dependendo do caso, tem gente que sonha em casar, morar em outro país etc. Só que nem todo mundo é igual. Para não acabar se enganando, não apenas busque dialogar com o outro como alinhe as expectativas de ambos.


E quando surgem vícios e compulsões

Para amenizar a dor proporcionada por uma desilusão amorosa, há quem desenvolva comportamentos destrutivos, como consumir álcool em excesso, drogas e até mesmo apresentar outros tipos de compulsão.

Embora essas sejam atitudes que funcionam como uma espécie de “mecanismo de defesa”, elas acabam causando o efeito contrário a longo prazo.


“Os elementos que ajudam a apagar o sofrimento, como o álcool e as drogas, se propõem a dar saídas enganosas para a dor e as decepções da vida”, afirma a psicanalista Sandra Steinberg.

Ainda segundo ela, as redes sociais também podem funcionar como uma máscara, para esconder a dor e ocultar o ser imperfeito (e machucado) por trás da tela do celular.


“As redes pedem likes, não é? Para tanto, temos que nos mostrar lindos, fortes, ricos, felizes 100%. E corremos o risco de construir uma imagem bela, sem falhas, mesmo a custo de centenas de filtros”.


O tempo cura?

Não adianta: uma desilusão amorosa nunca é agradável. Mas, ao seguir algumas dicas, é possível tornar esse processo um pouco mais tranquilo.


“Aconselho, inicialmente, procurar escutar os seus sentimentos. E se puder, consultar um profissional para ajudar a entender sua posição nas escolhas amorosas e nos processos inconscientes”, diz a psicanalista Sandra Steinberg.


Por mais que o amor possa desencadear sofrimento, dá para fazer escolhas afetivas diferentes, menos doloridas. Mas, em geral, a elaboração dos processos emocionais leva tempo.


“Não dá para antecipar quanto uma pessoa vai demorar para se sentir melhor após uma decepção amorosa”, observa a psicanalista.


O ditado diz que “o tempo cura todas as feridas”, só que, nesse caso, nem todo machucado amoroso é zerado apenas pelo tempo. O que acontece é que a situação de alguns acaba ficando melhor.


“Considero importante acolher o sofrimento, a dor e se permitir vivê-los no tempo necessário para tirar algum conhecimento, que levará a fazer novas e melhores escolhas amorosas”, completa Sandra Steinberg.

A psicanalista diz que, de fato, a vida é uma sucessão de encontros e desencontros. Mas a superação das decepções é um processo que tende a ser diferente de pessoa para pessoa.

“É essencial lidar com o ‘luto’ pela relação idealizada perdida”, arremata Sandra.

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